sexta-feira, 11 de abril de 2008

Ahá!

Sempre achei um máximo quando em uma aula de literatura um professor começava a declamar um poema sem precisar recorrer ao livro. Pode ser mais uma grande viagem da minha cabeça, mas sempre que isso acontecia o poema ficava muito mais interessante, muito mais envolvente.

Mas então, há umas duas semanas atrás, eu descobri o por quê todo professor declama poemas com tanta naturalidade: a repetição é insuportável.

Faz três aulas que lá na Letras nós estamos analisando o poema Oceano de Manuel Bandeira. Apesar do texto ter apenas 3 estrofes, ainda mal terminamos de analisar os versos iniciais. A primeira aula se resumiu a:

Olho a praia. A treva é densa.
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..
...
Olho a praia. A treva é densa.
.
..
...
Olho a praia, A treva é densa.
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..
...
Olho a praia. A treva é densa.
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..
...
Olho a praia. A treva é densa.

Eu não estou brincando. O professor repetiu insistentemente, no mínimo, umas 30 vezes o mesmo verso.

Só então deixei aquela imagem idealizada que eu cultivava com relação aos professores de literatura porque, depois dessas aulas, eu percebi que eles só não decorariam os poemas se tivessem algum problema mental!

PS: Em breve estarei declamando o Oceano! Decorado, é evidente! hauhauhauaha