Uma retrospectiva em fotos

Uma coisa é incontestável.
Não existe maior contratempo no final do ano do que uma tradicional retrospectiva.
A idéia inicial era lembrar de um fato marcante em cada mês do ano, mas - por algum motivo que eu ainda não descobri qual é - alguns meses ficariam em branco. Por isso, aqui vai a minha retrospectiva em fotos, já que o importante não são os meses em que foram tiradas mas sim os momentos.

O começo de uma vida nova

Jornalismo PUC

A continuidade de um trabalho

Cursinho PIO XII

Sonhadores irrepreensíveis

Sonhando Juntos- SP

A visita indesejada

Fora Bush

Os novos amigos

Alojamento

O ritmo

Bateria do Pucão


O pretexto para a diversão

JUCA

Sem jamais esquecer...

das antigas

dos bebês

Até 2008!

Os benefícios da tecnologia!

-Vó, vou pegar as fotos da viagem pra você ver.

-Devem ter ficado ótimas!

O neto volta da sala carregando o laptop...

-Aqui a gente tá na praia.

-Que bonito!

-Aqui era o restaurante do hotel.

-Hmm...

-E aqui...putzzz...acabou a bateria! Não acredito!

-Tudo bem, querido. Você termina de me mostrar outra hora.

-Não. Peraí que eu tenho uma extensão na mala...em algum lugar por aqui.

-Achou?

-Devo ter esquecido em casa.

-Tudo bem, filho. Quando eu for te visitar você me mostra.

-Ahhh! Como não tinha pensado nisso antes?! Tô com a máquina fotográfica aqui!

-Filho, pega meu óculos ali na estante por favor.

-Olha vó. Esse aqui é a Ana, aquela menina que eu te falei.

-A paquerinha?

-Paquerinha? Ninguém mais fala paquerinha.

-Opss. Acho que apertei alguma coisa errada aqui.

-O que você fez?

-Não sei. A foto sumiu do nada.

-Mas o que tá acontecendo com essa máquina hein?! Hunf!

-Ai filho, desculpa.

-Magina vó, tô precisando comprar outra mesmo. Sumiu tudo!

-Meu Deus! Foi tudo culpa minha né?

-Não. Relaxa. É essa máquina de m...

-Calma! Não precisa ficar nervoso. Faz um favor pra mim?

-Pode falar!

-Vai até a sala, e pega na primeira gaveta do móvel da TV um album de fotografias.

-Tá. São fotos do que?

-São as fotos da minha última viagem com o seu avô!

-Hmm..

-Essa aqui é a gente na praia e essa outra é do restaurante do hotel. Ficaram bonitas né?

-Aham.

-E eu só tive o trabalho de colocar no plastiquinho!

Ele existe!

Tarde de domingo.
Festa de Natal para crianças carentes.
Conversa entre duas meninas.

E: Será que o Papai Noel vai tá aqui hoje?
C: Eu aposto com você que vai.
E: Mas você foi boazinha o ano inteiro?
C: Aham...
E: Mas será que ele recebeu sua cartinha?
C: Aham!

Algumas horas depois...

E: Eu acho que o Papai Noel vai aparecer depois dessa música.
C: Eu olho pra cá e você fica olhando pra lá. Tá?
E: Tá. Olhaaaaaaa!
C: Ele não é de verdade.
E: Não? ? ? ? ? ? ?
C: Ele só tá vestido.
E: Mas olha... Ele tem barba branca!
C: Ele só tá vestiiiido.
E: Hunf!

Os olhos de C. ficam arregalados...

C: Haaaaaannn!!! Você viu o que ele falou?! ?! ?!
E: O que?
C: Ele disse HO HO HO!!!!
E: Sério? ? ? =D

Em meio a dezenas de crianças, ninguém notou o momento em que duas meninas voltaram a acreditar em Papai Noel.

Érika tem 19 anos. Camila cinco.

O blá blá blá de sempre!

É sempre a mesma coisa. Depois de uma perda, sempre vêm o arrependimento e a lamentação.

Nunca se dá o devido valor e atenção às pessoas, bichos, vivências, oportunidades...

Nos últimos dias tivemos um grande exemplo disso: o roubo no MASP.

O acontecimento alcançou tamanha repercussão que ganhou manchetes em todos os jornais e virou assunto até em conversa de botequim. É um tal de ouvir "é um patrimônio cultural",

"todos têm o direito de apreciar as obras", "isso é um absurdo". Blá blá blá...

É óbvio que esses comentários fazem sentido.

É evidente que milhares de pessoas não podem ser privadas de obras como "O lavrador de café", de Portinari, e "O Retrato de Suzanne Bloch", de Picasso, por um simples capricho de algum colecionador maníaco.

Tudo isso é verdade.

Mas ao parar para refletir um pouco sobre o assunto, percebe-se que quase ninguém se importava com os quadros. Eles estavam lá, desde sempre. Eles estavam expostos ali, pra qualquer um que quisesse parar e olhar.

Eu passo pela Av. Paulista todo santo dia e nunca pensei em dar uma passada pelo MASP. É fato. O que custava, uma vez na vida, descer do ônibus um ponto depois e gastar uma horinha por lá? Nada. Mas é claro que eu preferia ir logo pra casa e dormir a tarde inteira!

Lembro-me, vagamente, de uma vez que fui com a escola até o MASP e paramos em frente ao Lavrador. Não lembro de mais nada. Detalhes passaram despercebidos em meio a possíveis explicações de alguma professora.

Assim como eu, milhares de pessoas também não se interessaram em ir ao MASP ou, se foram, estavam mais interessados em sei lá oquê. Por essas e outras que me irritam comentários desse tipo.

Chega de hipocrisia!

Sem essa de fingir que realmente se importa com o roubo, que é uma perda...

A verdade é que ninguém tá nem aí. Até que me provem o contrário!

Até o fim da história!

O blog mal começou e eu já to demorando dias pra atualizar. Que vergonha!

Se você pensa que não tem como ficar pior, eu digo que você está muito enganado!

Vou postar uma parte de um texto meu que já foi publicado em um outro blog feito pela minha classe da faculdade de jornalismo.

Não. Eu não vou colcar um link para o blog porque peguei ódio de links Mas isso é outra história!

Texto dedicado aos jornalistas e àqueles que só querem dar risada da nossa cara!
...

Em "Enfim, o fim da história", Cony imagina como será o mundo ideal, livre de acidentes, corrupção, cárie, câncer, problemas de encanamento, vaias ao presidente, e que, justamente por ser perfeito, não necessitará da maioria das profissões.

"A maioria das atividades que a humanidade até agora foi obrigada a exercer terá o prazo de validade vencido; policiais e dentistas, por exemplo, serão ociosos, já que desde crianças evitaremos doces que criam cárie, e não haverá bandidos que justifiquem o aparato policial."
"Bem, há os jornalistas(...). Esses também serão varridos da história por desnecessários ou redundantes."

Vários exemplos e utopias depois, ele percebe que o mundo ideal é algo impossível; e que, portanto, todos os dentistas, encanadores, médicos e policiais terão muito trabalho nesse mundo quase(!) perfeito em que somos obrigados a viver.
Mas e os jornalistas? Cony diz que seremos os últimos a desaparecer, os mais privilegiados!

"Aliás, eles serão necessários nas duas hipóteses do verdadeiro fim da história. Se tudo der errado e o Universo estourar num big bang maior do que o big bang inicial, há de haver um jornal e um jornalista para darem a notícia 'O mundo acabou!'
Na hipótese contrária, a do mundo perfeito, da humanidade irretocável, a honestidade será obrigatória, e alguém terá de dar o aviso: 'Por falta de notícias, a partir de amanhã, deixaremos de circular'."

Sempre disseram que jornalista trabalha muito, vive stressado e acaba viciado em cigarro e café!

Nós, teimosos, escolhemos essa profissão.

Segundo Cony, sobreviveremos ao big bang que destruirá o mundo e...continuaremos trabalhando.

Moral da história: Fodeu! top top top

Contratempo e ponto final

Não é tão simples quanto chegar em uma livraria "Oi, eu queria um daqueles livros de nomes e seus significados".

Escolher um nome pra um blog é muito pior, porque ele tem que ter alguma relação com a proposta do blog, sem que se ignore o fato de que, muito provavelmente, alguém já teve a mesma idéia que você e, assim, o endereço não estará disponível.

O que fazer quando não existe proposta nenhuma para o blog e a criatividade está longe de ser a ideal?
Resposta: recorrer a um método muito racional e maduro.

"Eu sei que eu tenho um dicionário em algum lugar por aqui...A palavra em que cair vai ser o nome.

SEDÃ..péssimo!
ESQUADRO...não!
MOEDA...afff!

Definitivamente não deu muito certo. Vamos olhar mais um pouco.

SÍNCOPE...talvez!
PALAFITA...legalzinho!
CONTRA-SENSO...interessante!

Achei!

CONTRATEMPO - incidente, acidente, acontecimento imprevisto que faz com que qualquer pessoa perca seu tempo.

É isso!"

Nada melhor do que contratempo para um blog que nasceu sem uma proposta, sem grandes intenções e que fará com que algumas pessoas percam seu tempo, inclusive eu.